Houve certa desolação entre os que ficaram, foi muita emoção naquela manhã. Combinaram que descansariam por alguns dias e depois também partiriam.
Algumas semanas depois alguns acharam que já era hora de partir, reuniram um pequeno grupo, entre eles estava Tobias. No dia combinado para partir, Tobias acordou bem cedo para participar da última alvorada naquele vale, ainda no lusco-fusco da madrugada. Tobias observava tudo, o frio e brilhante orvalho que cobria a relva e os arbustos, a bruma fumegante que subia do rio e envolvia as árvores e a cabana formando um ambiente tão fantástico que fustigava sua alma com sentimentos tão agudos que transcendiam a razão, não lhe era possível identificar sua natureza.
Tobias ajoelhou-se, molhou as mãos no fresco orvalho e levou ao rosto, amalgamando aquela água límpida e divina com suas humanas e latejantes lágrimas que brotavam abundantes.
Os Diamantes Azuis - Volume I - Planeta Luz
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